Embora a acção dos bombeiros não se enquadre exactamente no espírito deste espaço, não podemos deixar de, por tudo o que representam, prestar aqui a nossa singela homenagem com este artigo que encontrámos, relativo ao livro de António Reis Marques sobre o centésimo aniversário da corporação.
Bombeiros Voluntários de Sesimbra em livro comemorativo do centésimo aniversário
“Bombeiros Voluntários de Sesimbra: origem, formação e percurso (1903-2003)”, escrito por António Reis Marques, é o livro que pretende homenagear o centésimo aniversário da Associação dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra (ABVS) e que foi apresentado esta terça feira, dia 12, no salão de festas do quartel dos bombeiros da vila. Na ocasião, Amadeu Penim, presidente da câmara de Sesimbra, inaugurou o monumento ao Bombeiro, da autoria de João Duarte, que evoca “a coragem, o altruísmo e a paz” e representa a homenagem da edilidade por “cem anos de gratidão”.
A 12 de Agosto de 1903, “sob a alta presidência de honra de Sua Majestade o Rei D. Carlos I“ era inaugurada a Associação dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra que tinha por fim “socorrer os habitantes da vila em caso de “incêndio, desastres ou calamidades a que possam ser “aplicáveis os elementos de socorro de que dispuser e sempre em harmonia com o seus estatutos”. Assim conta Reis Marques na página 45 da obra, que escreveu em três meses. Um trabalho que o autor considerou “difícil” devido à escassez de documentos históricos sobre a ABVS.
Rei Marques disse ao “ Setúbal na Rede” que lamenta que se destruam os arquivos históricos, “não só em Sesimbra, como em todo o país”. O autor refere que teve que “andar à procura dos documentos fundamentais” que fizessem a história dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra e, embora tenha conseguido esta tarefa de pesquisa deu-lhe “muito trabalho”.
A obra de 116 páginas, integrada na colecção Livros de Sesimbra, é uma monografia que dá a conhecer ao leitor as figuras de proa e os momentos mais marcantes do historial da ABVS. Segundo Amadeu Penim referiu durante a apresentação do livro esta obra representa uma “reconstituição minuciosa e histórica” da ABSV e é “um espaço privilegiado de investigação sobre a história local da vila”.
Bombeiro há vinte anos na ABVS o que move João Fragoso quando combate as chamas e sai em socorro é o facto de puder “ajudar o próximo”. O bombeiro diz que tem passado por muitas situações difíceis e recorda a mais recente ao “ Setúbal na Rede” quando, há poucos dias, ele e os colegas ficaram cercados pelas chamas no incêndio do concelho de Nisa. “Tivemos que atravessar por dentro das chamas para sair dali”, conta.
Mas nem só de bombeiros é feito um quartel. “Eu sou funcionária mas para além disso também ajudo nas chamadas de piquete, na organização de festas e no apoio ao bar, por exemplo”, contou ao “Setúbal na Rede” Maria José Pinto, 40 anos, os três últimos ligados à ABVS.
João Lopes, autor do prefácio, presta homenagem aos soldados da paz e refere que para a generalidade das pessoas o Bombeiro é sinónimo de “segurança e solidariedade”. Para João Lopes os bombeiros são solidários com que necessita de auxílio e quando toca a sirene ninguém fica indiferente” No prelúdio pode ler-se que “apesar de vivermos num tempo marcado pelo individualismo felizmente subsistem ilhas de solidariedade desinteressada”.
Fonte: Setúbal na rede, por Elsa Ribeiro Gonçalves - 14-08-2003 11:37
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